segunda-feira, janeiro 14, 2013

Um crime chamado Cyberbullying

    Assistindo hoje o filme Bullying Virtual (Cyberbully) com a Emily Osment que encontrei no YouTube pude perceber a minha vida passando diante dos meus olhos em uma hora e meia. E é isso que resolvi fazer hoje, depois de um tempo sumida por causa da segunda fase da UNICAMP, um resumo pessoal do que aconteceu comigo na oitava série.
    Assim que começou o ano, comecei a me esforçar demais para passar num colégio que só entrava por concurso de bolsa, já que era concorrido demais. Já sabia que me afastaria um pouco das pessoas, tinha objetivo, e estava focada nele.
    Então conforme o ano foi passando, conheci pessoas desagradáveis e caí num ninho de cobra. O pior mesmo é que elas inventaram coisas extremamente desagradáveis sobre mim, o que causou uma grande confusão. Lembro que chorava todos os dias, era insuportável viver naquele meio, de chegar todos os dias na escola rezando para acabar logo, ouvindo cochichos e risadas pelas costas.
    Um dia foi o pior de todos, as redes sociais estavam desbloqueadas dos computadores na sala de informática e daí o problema já havia invadido a internet também. Eram vários ao mesmo tempo postando explicitamente meu nome zoando ou xingando.
    Por causa disso, na época, peguei alguns vícios não legais, como a auto-mutilação de vez em quando e até mesmo a baixa autoestima, que é o pior vício que alguém pode ter no mundo, acredite. No fim, depois de muito chorar, fui percebendo que ainda tinha pessoas do meu lado. Tinha amigas de verdade que podia confiar.
    Na época, eu achava uma bobagem essa história de contar para algum adulto tudo isso, pai, mãe, diretor da escola... Então vi que só estava me isolando e deixando eles agirem com mais força. Comecei a ergeur a cabeça, não me importar. Foi muito difícil, confesso que demorou muito para eu perceber, e mais ainda para ter coragem de enfrentar. Mas sabe de um segredo? Bullying é assim: só para quando você deixa de se importar, e encara-o de frente.
    Comecei a perceber minhas qualidades, como eu era boa em muitas coisas, e também que existem pessoas muito especiais por aí, que jamais me deixavam cair. Mudar de escola não diminuiu o problema, só mudaram as pessoas. Sempre haverá alguém te xingando numa rede social, outro rindo de qualquer ato seu e, principalmente alguém falando mal de você, mas eu nunca mais passei por isso, apenas ignorei cada palavra, e elas pararam. É simples, a mesma regra para todos, se mesmo assim não parar e você se incomodar, procure um adulto que possa lhe ajudar, isso talvez seja ruim no começo, mas acabará. Não tenha pena de si, tenha da pessoa que pratica isso, pois são elas quem não têm pelo menos um pouco de índole. E você um dia saberá que é muito mais, que é o melhor, pode ter certeza!


Alerta de spoiler: se tiver um coração mole igual o meu, você vai se emocionar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário