sábado, outubro 20, 2012

No vestibular: O que está havendo em Cuba?

    No mês de julho o governo americano autorizou através de uma empresa que cubanos exilados na Flórida enviem alimentos, roupas, remédios, eletrodomésticos e até móveis para suas famílias que residem na ilha. Isso representa a piora na crise econômica que o pequeno país teve nos últimos tempos. Para enfrentá-la, Raul Castro está buscando aliados e investimentos e já fez várias visitas à Russia e à China.
    Com anos de crise econômica, Cuba já teve até um surto de cólera, apesar de ter uma das melhores educações mundiais, e de medicina. A crise surgiu após o fim da União Soviética em 1991, que ajudava economicamente a ilha, porém uma das maiores causas é o embargo econômico imposto pelos EUA em 1962.
    Obama amenizou esse embargo desde que tomou posse, como por exemplo o envio de dinheiro, roupas, alimentos, etc. Normalmente os Estados Unidos mantém uma distância de 150 quilômetros de um  país comunista onde empresas foram tornadas propriedades do estado. Assim, os americanos pretendem mudar economicamente o regime, ao mesmo tempo que querem acabar com a ditadura. Por sua vez, os cubanos buscam o apoio externo, aproximando-se de Hugo Chávez na Venezuela, da China, também comunista e da Rússia.
    Desde que Fidel Castro tomou posse no lugar de seu irmão, fez reformas na economia, como a abertura de cooperativas e pequenos comércios, o direito de agricultores venderem parte da produção e também liberou a venda de móveis e automóveis para os civis. Parcialmente isso significa um começo no fim do comunismo. O governo também anunciou que demitirá cerca de 1,3 milhões de funcionários públicos até 2015.

Um pouco de história

    Cuba na década de 1950 tinha uma economia baseada na produção de tabaco e açúcar. Permaneceu sobre influência direta dos Estados Unidos até 1959 e possuía uma população pobre que vivia numa ditadura militar. Nesse ano, uma revolução liderada pelo camponês Fidel Castro derrubou o governo de Fulgêncio Batista. O então governo, nacionalista, não agradou os proprietários norte-americanos e, em 1962, estabeleceu um regime comunista após estabelecer aliança com a antiga União Soviética, com partido único e propriedade de empresas na mão do Estado. Assim, os EUA romperam relações com Cuba decretando o embargo econômico, ou seja, nenhuma empresa americana podia comprar ou vender produtos cubanos, e essa regra se estendia para outros países que mantêm relação com a super potência.
    Com a extinção da União Soviética, Cuba perdeu um de seus maiores aliados, à quem recebia apoio econômico, onde contava com muita vantagem vendendo açúcar acima do preço e comprando petróleo. Após a perda, agravou-se a situação econômica imposta pelo embargo. Porém com a chegada de Hugo Chávez, como presidente da Venezuela fez o pequeno país ter um novo apoio externo e melhorar aos poucos a situação, participando também da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).

Fonte: revista de Atualidades Guia do Estudante (2º semestre de 2012)

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